A Dúvida.

me sinto vazia novamente.
queria que tudo voltasse a como estava, e sentir o vento batendo pelas minhas têmporas não fosse algo átipico. mas quando olho fundo nos teus olhos, eu consigo ver o amor mais puro. você sabe que eu sinto o mesmo, mas, porque me sinto tão perdida ?
talvez eu precise de um tempo, um longo tempo dentro de mim. algum tempo com a minha consciencia, apenas escutando o que ela diz.
eu não me conformo em saber, que tenho tão pouco tempo para desperdiçar ao teu lado. isso não é justo.
mas quem sou eu para falar de justiça ?
eu nunca fui justa. eu menti quando não podia, feri meu proprio coração com desculpas sem nexo, cravei a adaga do desespero em meu peito, mesmo sabendo que isso iria doer.
eu tenho certeza que isso já passou, e que todas as lágrimas deste tempo cruel já cairam.
a felicidade é a flor da primavara, que brilha intensamente, espalha sua beleza, e tinge os olhos com seus variados perfumes.
mas ela murcha.
e com ela vem a duvida, se  tempos perfitos virão novamente, com a beleza das hortências que murcharam.
esse pode ser um caminho, mas eu não quero pensar agora.
eu sei que nada dura pra sempre. nem mesmo uma fria chuva de novembro.