É o fim. O fim de tudo. De toda a incerteza. De toda insegurança. É o fim.
Um fim tão piegas, tão medíocre. Um fim sem jeito de fim. Um fim desconhecido, que merecia uma rosa vermelha, manchada de sangue, e algumas lágrimas. Um fim grotesco, que não se pode ver as verdadeiras intenções.
Ela não conseguia senti-lo como ele a tocava, e ele... ele não conseguia dizer o quão linda ela era para ele.
Mas ele a amava. Mais que tudo, mais que a neblina que recobre os campos de uma manhã fria. Mais que as gotas de agua que desciam lentamente pelo vidro da janela, durante as chuvas de primavera, que vinham, e iam com a mesma rapidez com que chegavam. Ele tinha a pele dela como ponto de escape, a doce seda mais cara, o toque de uma pétala perdida no campo verde. O sorriso dela, era o farol que iluminava as noites de tormenta, quando o vento levava as folhas do outono, e a chuva caia agressivamente sobre eles. Seus olhos, ah, como aqueles olhos brilhavam quando ele tocava a orelha dela com seus lábios. O brilho dos olhos dela, podia aquecer qualquer coração despedaçado, e ele... ele não viu isso a tempo. Ele a deixou passar, como uma folha de papel perdida no tempo. Ele a deixou esperar, um tempo que ela não tinha.
Ela, ela tinha o maior amor do mundo. Ela não via outro jeito de respirar. Ela não conhecia outra vida além daquela pobre vida mortal e feliz com o único cara que a podia machucar. Ela sentia o perfume mais lindo quando ele a abraçava, ela sentia o sabor dos melhores doces quando ele a beijava. Ela sentia a pele arrepiar quando ele a tocava.
E acabou. Mais nada. Acabou.
Acabaram as incertezas dele. Acabou o sofrimento dela.
Acabou-se todas as dúvidas nos olhos dele, quando ela dizia que ele era o amor da vida dela. Acabou as esperanças dela, de ver a vida simples e fascinante. Acabou.
Ele não irá mais se atrasar. Ela não irá mais sofrer.
Parabéns. Esse é um ótimo dia para morrer.
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