Cinzas de uma Garota.

Ela pegou todos aqueles coraçõezinhos e atirou-os as chamas. Todos aqueles que se desenha no canto do caderno, todos os corações de pelúcia, os que fazem barulhinho, aqueles corações vermelhos. Aquele coração, que tem uma forma irregular, não tão bonita quanta a dos desenhos no canto do caderno. Aquele coração que pulsa sangue, e que apenas bate por bater.
Ela pegou todos e jogou-os as chamas, que não demoraram a tornar tudo cinzas.
Cinzas, da vida que se tornou. Cinzas dos corações queimados, dos amores perdidos, dos amores achados. Cinzas dos bonecos que diziam que lhe amavam, cinzas de uma garota.
As chamas, que lambiam tudo que viam, de sua cor laranja-avermelhada, nunca poderiam entender a dor de uma garota. As chamas que apenas destroem, nunca poderiam perceber, que uma garota as vezes sorri quando quer chorar.
Mas quando se queima aquele pelo qual já não se pode mais viver, uma chama percebe que as garotas não tem medo de amar.
Uma chama percebe que as garotas, sempre tem um pequeno vulcão que pulsa junto com o coração.
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Aliás, Bruno meu amor,
eu te amo.
Te amo a pelo menos 1 ano e 1 mês.