A caneta caiu, a abandonou.
Tudo se tornou crânios espertos e mortos ao seu redor.
O odor que a facilidade exala ainda esta no ambiente,
o sangue ainda esta congelado nas veias, e o coração,
ja não sabe mais diferenciar o sangue arterial do sangue venoso.
E todas aquelas vontades reprimidas,
olha que novidade, "continuam reprimidas".
Ela não pode mais negar que a desconfiança é a única coisa que consegue ver nos olhos alheios. Não era para ser assim.
Não era para ser assim.
E para que falar em lágrimas? Elas são fatos, e não sentimentos. Sentimentos nos fazem lacrimejar os olhos ao ponto de banhar o rosto. Para que falar em ódio? Todos sentimos ódio, e ele apenas tem destruído tudo que se chama de castelo de areia. E para que falar em amor? Se o amor não toma mais os braços como antes?
Eu estou chateada. Estou sim. Apesar dos meus olhos mentirem e da minha boca dizer o contrário. Estou chateada, mas não é com ninguem além de mim.
Eu vejo que tudo é culpa minha. E essas coisas entaladas na minha garganta, que saem aos poucos, estão me sufocando.
Eu te amo. Meu coração ainda bate muito forte. Meus olhos ainda brilham. E minhas mães ainda suam.
Amor, isso eu ainda sinto que transborda.
Mas o coração engana, não ?
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