Insanidade.

sentada em minha janela, eu vejo a lua. ela sorri pra mim. em sua brancura cor de osso, me sinto aconchegada.
fico horas, sentada ali, olhando a lua. hoje é noite de lua cheia. a escuridão que lhe envolve, me convida para bailar. o vento que sopra, e brinca com meus cabelos, disse teu nome. bem baixinho, como se quisésse me contar um segredo. esse mesmo vento, me traz teu cheiro, que entra doce em meus pulmões, e me faz querer te encontrar.
ali, na minha janela, há um pé de pitangueira. tão pequeno, tão frágil, quanto aquela que lhe olha.
este mesmo pé de pitangueira, me abraça de leve, enquanto a noite escura, me lembra de teu rosto. já não sei mais onde estou.
eu sinto o vento, beijando meu rosto. com um toque de veludo, ele me faz arrepiar. acho que estou voando.
sim, estou voando. voando alto, onde nada possa me alcançar. onde somente a lembrança de teu olhar no meu, me faz querer gritar.
gritar de lá de cima, o quão grande é o meu amor por ti. como um auto-falante, as minhas palavras chegarão até você.
gritar de lá de cima, do alto, nas nuvens, que eu preciso de você, que eu não aguento mais ficar longe de ti.
se isso for um sonho, por favor, não me acorde. se você for fruto da minha imaginação, por favor, me deixe trancada em meus pensamentos. pois agora sei, que só ao seu lado eu posso ser feliz.
sei que só quando sonho contigo, consigo sentir o teu toque. a tua voz sussurrante em meus ouvidos, me lembrando que isso é real.
se você for um sonho, por favor, se torne real. se você for a lua, sorria. sorria, pois o seu sorriso, é o que me mantém lúcida. se você for meu, por favor, não deixe isso acabar.